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Investidores usam fundos para obter vistos gold

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  • Portugal
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  • Amadeu Araújo
  • 11/27/2021 7:07 AM
  • 5 min

Investidores usam fundos para obter vistos gold Corrida aos fundos de investimento para obtenção de vistos gold já começou Legislação A partir de janeiro muda o regime dos vistos gold. A intenção é 'empurrar' investimento para o interior Amadeu Araújo | [email protected] O mercado imobiliário já tem uma dezena de fundos a operar, para cumprir com as novas regras de autorização de residência em Portugal para atividades de investimento estrangeiro, os chamados golden visa. É que, a partir de janeiro, conseguir autorização para viver em Portugal com a compra de uma residência só será possível no interior do país. Açores e Madeira, regiões que poderão assistir a um aumento do preço do parque imobiliário. A única forma de 'contornar' essa obrigatoriedade é através de um fundo imobiliário. "Temos assistido a uma mudança da opção de investimento, cada vez maior para fundos de capital de risco", constata Patrícia Viana, especialista em direito imobiliário da sociedade Abreu Advogados. "Há já muitos fundos constituídos e a operar. os quais têm conseguido captar a atenção de investidores internacionais precisamente porque são elegíveis para golden visa e os montantes necessários ao investimento são, por enquanto, mais baixos." Obter um visto gold, a partir de janeiro, nas principais cidades obriga à criação de fundos de investimento imobiliário ou de capitais de risco, vocacionados para a capitalização de empresas. Fundos que estejam ativos há. pelo menos, cinco anos e com. pelo menos, 60 % do valor dos investimentos concretizado em sociedades comerciais sediadas em território nacional. "São estes fundos de capital de risco que estão a criar sociedades imobiliárias", faz notar a advogada. Dados da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários mostram que em setembro deste ano o valor sob gestão dos fundos de investimento e de gestão de património imobiliário atingiu €10.77 mil milhões, mais €67,1 milhões do que em agosto, representando um acréscimo de 0.6%. Uma dezena de fundos Entre os novos fundos está o Madadna Portugal, uma sociedade de investimento imobiliário detida pela Insula Capital. Mas há mais fundos, "uma dezena", contabiliza Hugo Santos Ferreira, presidente da Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários (APPII)- Fundos que "procuram responder às alterações ao programa dos vistos golde que assim estão a ser promovidos", revela. Fundos de investimento constituídos com carteiras de imóveis e que permitem a cidadãos estrangeiros subscreverem unidades de participação, que são válidas para a obtenção de autorização de residência, desde que compradas por um mínimo de €500 mil. Entre os imóveis adquiridos por esses fundos estão "prédios em Campo de Ourique, em Lisboa, ou na Foz. no Porto", revela fonte do mercado. Assim, no próximo ano "um investidor que queira apostar no imobiliário vai ter que optar por comprar ativos comerciais, turísticos ou para serviços se quiser investir, por exemplo, em Lisboa, sendo que. se quiser um ativo habitacional, terá que optar por localidades como Beja ou Aguiar da Beira", exemplifica Patrícia Viana. Combater "escalada de preços" A ideia que fundamenta a alteração legislativa é "o fomento do investimento no interior, o que teoricamente levaria a maior coesão entre as várias regiões", reconhece a especialista da Abreu Advogados. E adianta ainda outro objetivo: "Combater a escalada de preços nas maiores cidades, não acompanhada de um aumento dos salários dos portugueses." Porém, as novas regras "não redirecionam. por si só. os investidores para o interior", porque é preciso que "exista produto imobiliário com rentabilidade", uma vez que "a maioria dos investidores não habita estas casas, preferindo arrendá-las". Ricardo Garcia, diretor da área residencial da consultora Savills, também confirma a entrada destes fundos no mercado. Porém, a Savills "não optou por esta estratégia", conclui o executivo. A cinco semanas do fim do programa dos golden visa, tem havido "um acréscimo da procura em Lisboa. Porto e Algarve, numa espécie de corrida contra o tempo", afirma Patrícia Viana. Isto porque um investidor que requeira um golden visa "ainda pode utilizar os investimentos residenciais como elegíveis" até final do ano. adianta. E há dois meses que a atribuição de Autorizações de Residência para Atividade de Investimento (ARAI) está a aumentar. Em julho, o país captou €20.09 milhões, que subiram para €30.46 em agosto. Em setembro houve uma descida para os €27.06 milhões, que cresceram para €39,61 milhões em outubro. Investimento captado apenas pelo sector imobiliário, revelam os dados oficiais do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Contas feitas, nos 10 primeiros meses de 2020 o país atribuiu 867 vistos relativos a compras imobiliárias, que se traduziram em vendas de €514,62 milhões. Em maio de 2020. logo após o fim do confinamento, Portugal atribuiu 257 ARI e fez vendas de €136.91 milhões. Foi o melhor mês dos últimos dois anos. Desde então, os números estiveram sempre em queda, com julho deste ano a obter vendas imobiliárias a estrangeiros no valor de €20.9 milhões e 35 autorizações. E com o fim das atuais regras em contagem decrescente os números voltaram a subir, e nos primeiros 10 meses deste ano já foram atribuídas 622 autorizações. com vendas de €336.75 milhões em habitações. Mais de €5 mil milhões em nove anos E "é expectável que este valor suba mais com o aproximar do fim do programa". prevê o presidente da APPII. Os investidores "procuram o visto para viajar pelo Espaço Schengen e disporem de residência em Portugal: não querem as complicações que a nova lei traz", critica Santos Ferreira. Nos nove anos de vigência do programa, Portugal conseguiu captar €5434 milhões em investimento imobiliário ao atribuir 9450 ARI. A China, com metade deste valor, lidera os compradores de ativos imobiliários, seguida do Brasil, com 1038 autorizações, e da Turquia, com 476. Os sul-africanos obtiveram 422 vistos e os russos 409. Com as novas regras, "iremos ter uma quebra do investimento internacional", avisa Santos Ferreira. O presidente da APPII aponta "constrangimentos" às alterações, "excesso" de burocracia e "não atribui a propriedade plena do ativo imobiliário". Na prática, as alterações "transformam os investidores em co-proprietários. que não é o ideal e afasta muitos compradores". Em causa "a complexidade na obtenção do visto", que "exige conhecimentos de prívate equity. que nem todos os candidatos a residir em Portugal dominam". Patrícia Viana concorda e assume que a alteração "vai afastar capital estrangeiro no que toca a investidores privados". Em causa, sinais de "pouca segurança jurídica, de volatilidade, de incerteza". Até pelos condicionalismos do SEF, com "incapacidade para fazer agendamentos para todos os investidores que já submeteram a sua candidatura". O que "pode resultar num descrédito do país", antevê a advogada. E há "outra questão": saber se este "empurrar" do investimento "não poderá acabar por ter um efeito perverso no parque imobiliário do interior do país. que é o aumento do seu preço", conclui.


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Investors use funds to obtain gold visas

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  • Amadeu Araújo
  • 11/27/2021 7:07 AM
  • 6 min

Investors use funds to obtain gold visas Race to investment funds to obtain gold visas has already started Legislation As of January, the regime for gold visas changes. The intention is to 'push' investment inland Amadeu Araújo | [email protected] The real estate market already has a dozen funds in operation, to comply with the new residence permit rules in Portugal for foreign investment activities, the so-called golden visas. As of January, obtaining authorization to live in Portugal with the purchase of a residence will only be possible in the interior of the country. Azores and Madeira, regions that could see an increase in the price of real estate. The only way to 'get around' this obligation is through a real estate fund. "We have been witnessing a change in the investment option, increasingly towards venture capital funds", observes Patrícia Viana, a specialist in real estate law at the firm Abreu Advogados. "There are already many funds set up and operating. which have managed to capture the attention of international investors precisely because they are eligible for a golden visa and the amounts needed for investment are, for the time being, lower." Obtaining a gold visa, as of January, in the main cities requires the creation of real estate investment funds or venture capital funds, aimed at capitalizing companies. Funds that have been active for. at least five years old and with. at least 60% of the value of the investments made in commercial companies headquartered in national territory. "It is these venture capital funds that are creating real estate companies", notes the lawyer. Data from the Portuguese Securities Market Commission show that in September this year the amount under management of investment funds and real estate wealth management reached €10.77 billion, €67.1 million more than in August, representing an increase of 0.6 %. a dozen funds Among the new funds is Madadna Portugal, a real estate investment company owned by Insula Capital. But there are more funds, "a dozen", says Hugo Santos Ferreira, president of the Portuguese Association of Real Estate Developers and Investors (APPII) - Funds that "seek to respond to the changes to the gold visa program that are being promoted in this way", reveals.Investment funds made up of real estate portfolios that allow foreign citizens to subscribe to investment units, which are valid for obtaining a residence permit, provided they are purchased for a minimum of €500 thousand. Among the properties acquired by these funds are "buildings in Campo de Ourique, Lisbon, or Foz. in Porto", reveals a market source. Thus, next year "an investor who wants to bet on real estate will have to choose to buy commercial, tourist or service assets if you want to invest, for example, in Lisbon, and if you want a housing asset, you'll have to opt for locations like Beja or Aguiar da Beira", exemplifies Patrícia Viana. Combat "price escalation" The idea behind the legislative change is "the promotion of investment in the interior, which theoretically would lead to greater cohesion between the various regions", recognizes the specialist at Abreu Advogados. And she puts forward yet another objective: "To fight the escalation of prices in the biggest cities, not accompanied by an increase in Portuguese wages." However, the new rules "do not redirect. by themselves. investors to the interior", because it is necessary that "there is a real estate product with profitability", since "the majority of investors do not live in these houses, preferring to lease them" . Ricardo Garcia, director of the residential area at the Savills consultancy, also confirms the entry of these funds into the market. However, Savills "did not opt ​​for this strategy", concludes the Executive. Five weeks before the end of the golden visa program, there has been "an increase in demand in Lisbon. Porto and Algarve, in a kind of race against time", says Patrícia Viana. This is because an investor who applies for a golden visa "can still use residential investments as eligible" until the end of the year. any use. And for two months now, the allocation of Residence Permits for Investment Activity (ARAI) has been increasing. In July, the country raised €20.09 million, which rose to €30.46 in August. In September there was a drop to €27.06 million, which rose to €39.61 million in October. Investment captured only by the real estate sector, reveal official data from the Foreigners and Borders Service (SEF). In the first 10 months of 2020, the country granted 867 visas related to real estate purchases, which resulted in sales of €514.62 million.In May 2020, shortly after the end of the confinement, Portugal allocated 257 ARI and made sales of €136.91 million. It was the best month in two years. Since then, the numbers have been steadily declining, with July this year seeing real estate sales to foreigners worth €20.9 million and 35 permits. And with the end of the current rules counting down the numbers started to rise again, and in the first 10 months of this year 622 authorizations have already been granted. with home sales of €336.75 million. More than €5 billion in nine years And "this value is expected to rise more towards the end of the program". foresees the president of APPII. Investors "are looking for a visa to travel through the Schengen Area and have residence in Portugal: they don't want the complications that the new law brings", criticizes Santos Ferreira. In the nine years that the program has been in force, Portugal has managed to capture €5434 million in real estate investment by allocating 9450 ARI. China, with half of this value, leads buyers of real estate assets, followed by Brazil, with 1038 permits, and Turkey, with 476. The South Africans obtained 422 visas and the Russians 409. With the new rules, "we will have a drop in international investment", warns Santos Ferreira. The president of APPII points out "constraints" to the changes, "excess" of bureaucracy and "does not assign full ownership of the real estate asset". In effect, the changes "turn investors into co-owners. which is not ideal and drives away many buyers." At issue "the complexity of obtaining a visa", which "requires knowledge of private equity. which not all applicants to reside in Portugal master". Patrícia Viana agrees and assumes that the change "will remove foreign capital from private investors". At issue, signs of "little legal certainty, volatility, uncertainty". Even due to the constraints of the SEF, with "inability to make appointments for all investors who have already submitted their candidacy". What "may result in discrediting the country", anticipates the lawyer. And there is "another question": whether this "push" of investment "could not end up having a perverse effect on real estate in the interior of the country. Which is the increase in its price", she concludes.


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Investidores usam fundos para obter vistos gold

Investidores usam fundos para obter vistos gold Corrida aos fundos de investimento para obtenção de vistos gold já começou Legislação A partir de janeiro muda o regime dos vistos gold. A intenção é 'empurrar' investimento para o interior Amadeu Araújo | [email protected] O mercado imobiliário já tem uma dezena de fundos a operar, para cumprir com as novas regras de autorização de residência em Portugal para atividades de investimento estrangeiro, os chamados golden visa. É que, a partir de janeiro, conseguir autorização para viver em Portugal com a compra de uma residência só será possível no interior do país. Açores e Madeira, regiões que poderão assistir a um aumento do preço do parque imobiliário. A única forma de 'contornar' essa obrigatoriedade é através de um fundo imobiliário. "Temos assistido a uma mudança da opção de investimento, cada vez maior para fundos de capital de risco", constata Patrícia Viana, especialista em direito imobiliário da sociedade Abreu Advogados. "Há já muitos fundos constituídos e a operar. os quais têm conseguido captar a atenção de investidores internacionais precisamente porque são elegíveis para golden visa e os montantes necessários ao investimento são, por enquanto, mais baixos." Obter um visto gold, a partir de janeiro, nas principais cidades obriga à criação de fundos de investimento imobiliário ou de capitais de risco, vocacionados para a capitalização de empresas. Fundos que estejam ativos há. pelo menos, cinco anos e com. pelo menos, 60 % do valor dos investimentos concretizado em sociedades comerciais sediadas em território nacional. "São estes fundos de capital de risco que estão a criar sociedades imobiliárias", faz notar a advogada. Dados da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários mostram que em setembro deste ano o valor sob gestão dos fundos de investimento e de gestão de património imobiliário atingiu €10.77 mil milhões, mais €67,1 milhões do que em agosto, representando um acréscimo de 0.6%. Uma dezena de fundos Entre os novos fundos está o Madadna Portugal, uma sociedade de investimento imobiliário detida pela Insula Capital. Mas há mais fundos, "uma dezena", contabiliza Hugo Santos Ferreira, presidente da Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários (APPII)- Fundos que "procuram responder às alterações ao programa dos vistos golde que assim estão a ser promovidos", revela. Fundos de investimento constituídos com carteiras de imóveis e que permitem a cidadãos estrangeiros subscreverem unidades de participação, que são válidas para a obtenção de autorização de residência, desde que compradas por um mínimo de €500 mil. Entre os imóveis adquiridos por esses fundos estão "prédios em Campo de Ourique, em Lisboa, ou na Foz. no Porto", revela fonte do mercado. Assim, no próximo ano "um investidor que queira apostar no imobiliário vai ter que optar por comprar ativos comerciais, turísticos ou para serviços se quiser investir, por exemplo, em Lisboa, sendo que. se quiser um ativo habitacional, terá que optar por localidades como Beja ou Aguiar da Beira", exemplifica Patrícia Viana. Combater "escalada de preços" A ideia que fundamenta a alteração legislativa é "o fomento do investimento no interior, o que teoricamente levaria a maior coesão entre as várias regiões", reconhece a especialista da Abreu Advogados. E adianta ainda outro objetivo: "Combater a escalada de preços nas maiores cidades, não acompanhada de um aumento dos salários dos portugueses." Porém, as novas regras "não redirecionam. por si só. os investidores para o interior", porque é preciso que "exista produto imobiliário com rentabilidade", uma vez que "a maioria dos investidores não habita estas casas, preferindo arrendá-las". Ricardo Garcia, diretor da área residencial da consultora Savills, também confirma a entrada destes fundos no mercado. Porém, a Savills "não optou por esta estratégia", conclui o executivo. A cinco semanas do fim do programa dos golden visa, tem havido "um acréscimo da procura em Lisboa. Porto e Algarve, numa espécie de corrida contra o tempo", afirma Patrícia Viana. Isto porque um investidor que requeira um golden visa "ainda pode utilizar os investimentos residenciais como elegíveis" até final do ano. adianta. E há dois meses que a atribuição de Autorizações de Residência para Atividade de Investimento (ARAI) está a aumentar. Em julho, o país captou €20.09 milhões, que subiram para €30.46 em agosto. Em setembro houve uma descida para os €27.06 milhões, que cresceram para €39,61 milhões em outubro. Investimento captado apenas pelo sector imobiliário, revelam os dados oficiais do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Contas feitas, nos 10 primeiros meses de 2020 o país atribuiu 867 vistos relativos a compras imobiliárias, que se traduziram em vendas de €514,62 milhões. Em maio de 2020. logo após o fim do confinamento, Portugal atribuiu 257 ARI e fez vendas de €136.91 milhões. Foi o melhor mês dos últimos dois anos. Desde então, os números estiveram sempre em queda, com julho deste ano a obter vendas imobiliárias a estrangeiros no valor de €20.9 milhões e 35 autorizações. E com o fim das atuais regras em contagem decrescente os números voltaram a subir, e nos primeiros 10 meses deste ano já foram atribuídas 622 autorizações. com vendas de €336.75 milhões em habitações. Mais de €5 mil milhões em nove anos E "é expectável que este valor suba mais com o aproximar do fim do programa". prevê o presidente da APPII. Os investidores "procuram o visto para viajar pelo Espaço Schengen e disporem de residência em Portugal: não querem as complicações que a nova lei traz", critica Santos Ferreira. Nos nove anos de vigência do programa, Portugal conseguiu captar €5434 milhões em investimento imobiliário ao atribuir 9450 ARI. A China, com metade deste valor, lidera os compradores de ativos imobiliários, seguida do Brasil, com 1038 autorizações, e da Turquia, com 476. Os sul-africanos obtiveram 422 vistos e os russos 409. Com as novas regras, "iremos ter uma quebra do investimento internacional", avisa Santos Ferreira. O presidente da APPII aponta "constrangimentos" às alterações, "excesso" de burocracia e "não atribui a propriedade plena do ativo imobiliário". Na prática, as alterações "transformam os investidores em co-proprietários. que não é o ideal e afasta muitos compradores". Em causa "a complexidade na obtenção do visto", que "exige conhecimentos de prívate equity. que nem todos os candidatos a residir em Portugal dominam". Patrícia Viana concorda e assume que a alteração "vai afastar capital estrangeiro no que toca a investidores privados". Em causa, sinais de "pouca segurança jurídica, de volatilidade, de incerteza". Até pelos condicionalismos do SEF, com "incapacidade para fazer agendamentos para todos os investidores que já submeteram a sua candidatura". O que "pode resultar num descrédito do país", antevê a advogada. E há "outra questão": saber se este "empurrar" do investimento "não poderá acabar por ter um efeito perverso no parque imobiliário do interior do país. que é o aumento do seu preço", conclui.