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Áustria vai aliviar carga fiscal de trabalhadores e carregar nos impostos de multinacionais

O chanceler austríaco pretende que também a UE combata as práticas fiscais injustas das grandes multinacionais.

Reuters
Pedro Curvelo pedrocurvelo@negocios.pt 27 de Abril de 2020 às 15:05

O governo austríaco, que começou a aliviar as restrições impostas devido à pandemia, vai garantir um alívio fiscal para os trabalhadores com rendimentos baixos e médios e pressionar as multinacionais para que paguem mais impostos, disse esta segunda-feira o chanceler Sebastian Kurz.

O governo austríaco – uma coligação entre conservadores e Os Verdes – já se comprometeu com 38 mil milhões de euros em ajuda, o equivalente a 10% do PIB, para apoiar as empresas e assegurar postos de trabalho.

Kurz indicou que 14 mil milhões de euros já foram entregues em apoios e avançou que serão tomadas medidas fiscais.

"Os trabalhadores de saúde, forças de segurança, empregados de supermercados e muitos outros – quem trabalha arduamente deverá no futuro ter mais dinheiro na sua carteira. É uma questão de justiça social mas também, em tempos como estes, a necessidade de estimular o consumo doméstico", referiu o chanceler num discurso televisivo.

Kurz referiu ainda que irá pressionar as multinacionais a pagarem mais impostos, sendo que a Áustria já aplica uma taxa digital de 5% sobre as grandes empresas internacionais, como o Google e o Facebook, sobre as receitas de publicidade digital.

"A nível nacional e europeu vamo-nos bater contra todas as formas de evasão fiscal e contra as práticas fiscais injustas das grandes empresas, porque todos devem pagar o que é justo, particularmente em tempos como estes que vivemos", defendeu o chanceler.

A Áustria adotou logo na fase inicial do surto de covid-19 no país medidas de restrição, incluindo o encerramento de escolas, bares, restaurantes, salas de espetáculos, comércio não essencial e proibiu ajuntamentos de pessoas. Recomendou ainda que a população permanecesse em casa e que optasse pelo teletrabalho sempre que fosse possível.

Esta estratégia permite ao país apresentar um crescimento inferior a 1% no número de infetados e também um número de mortes reduzido face a outros países.

Desde o início da pandemia a Áustria contabiliza 15.274 casos e 549 vítimas mortais.

O governo austríaco autorizou a reabertura, a 14 de abril, de lojas com áreas até 400 metros e, a partir de sexta-feira, as lojas de maior dimensão também poderão reabrir ao público.

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